quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quando mais nada houver, eu me erguerei cantando, saudando a vida com meu corpo de cavalo jovem. E numa louca corrida entregarei meu ser ao ser tempo e a minha voz à doce voz do vento. Despojado do que já não há, solto no vazio do que ainda não veio. Minha boca cantará cantos de alívio pelo que se foi, cantos de espera pelo que há de vir.
(Caio Fernando Abreu)

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