quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Combinamos que não era amor...

Escapou ali um abraço no meio do escuro.. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi o amor que está no ar, mas não necessariamente dentro de nós.
Aí teve aquela cena de quando eu fui te dar tchau enrolada em um edredom e o cabelo todo bagunçado. E você olhou e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.
Mas a gente combinou que não era amor.
Não faz isso. Não me olha assim. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é tão bobo. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.
Combinamos que não era amor, não podia ser..
Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque os coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é ser feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grandisissímo FDP. Não é amor não. É mais que isso, é mais do que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre...

(ps: intertextualidade com T.B.)

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